Teto Salarial no Futebol Europeu: Dirigente Europeu Sugere Mudanças Inspiradas na MLS

Teto Salarial no Futebol Europeu: Dirigente Europeu Sugere Mudanças Inspiradas na MLS

Presidente do Bayern de Munique sugere medidas para assegurar a saúde financeira dos clubes

O teto salarial é uma regra central na MLS. Em média, cada jogador na liga não pode receber mais de 650 mil dólares (cerca de R$ 3,6 milhões) por temporada.

Preocupado com a sustentabilidade financeira dos clubes, Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern de Munique, propôs que toda a Europa adote essa restrição.

Em uma entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o dirigente destacou que os custos para manter um clube estão aumentando de forma prejudicial.

Segundo Rummenigge, os salários elevados de jogadores e agentes impactam negativamente as finanças dos clubes, que enfrentam dificuldades para formar elencos competitivos enquanto tentam evitar sanções financeiras.

Regra do ‘Jogador Designado’ permite salários mais altos na MLS

Nos Estados Unidos, há uma exceção ao teto salarial. Desde 2007, a MLS implementou a regra do “Jogador Designado” para contratar David Beckham e atrair estrelas do futebol mundial e elevar o nível de competitividade da liga.

Beckham, ícone da seleção inglesa, foi o primeiro a se beneficiar dessa norma, ao deixar o Real Madrid, para jogar pelo Los Angeles Galaxy.

Atualmente, cada time da MLS pode ter até três jogadores que não se enquadram no teto salarial da liga, o que facilita a contratação de grandes nomes sem comprometer a estrutura financeira do futebol nos Estados Unidos.

Liga norte-americana lidera em altos salários nas Américas

Um estudo do site Capology, especializado em finanças no futebol, revelou que, entre os dez jogadores mais bem pagos das Américas, seis jogam na MLS.

Lionel Messi é o jogador mais bem remunerado do continente, com ganhos de US$ 8,1 milhões (aproximadamente R$ 41 milhões) mensais. Além do astro argentino, Lorenzo Insigne e Federico Bernardeschi, do Toronto FC; Xherdan Shaqiri, do Chicago Fire, Sebastian Driussi, do Austin FC, e Héctor Herrera, do Houston Dynamo, estão entre os mais bem pagos.

O único brasileiro no top 10 é o atacante Dudu, do Palmeiras, que recebe cerca de R$ 5,4 milhões mensais (US$ 2,3 milhões).

Outro destaque no futebol brasileiro é o colombiano Rafael Santos Borré, do Internacional, que tem um salário mensal de aproximadamente R$ 2 milhões.

Os dez jogadores mais bem pagos das Américas 

  • Lionel Messi (Inter Miami): US$ 20,4 milhões (R$ 103,2 milhões);
  • Lorenzo Insigne (Toronto FC): US$ 15,4 milhões (R$ 77,9 milhões);
  • Xherdan Shaqiri (Chicago Fire): US$ 8,1 milhões (R$ 41 milhões);
  • Federico Bernardeschi (Toronto FC): US$ 6,3 milhões (R$ 31,9 milhões);
  • Sebastián Driussi (Austin FC): US$ 6 milhões (R$ 30,3 milhões);
  • Dudu (Palmeiras): US$ 5,4 milhões (R$ 27,3 milhões);
  • Héctor Herrera (Houston Dynamo): US$ 5,2 milhões (R$ 26,3 milhões);
  • Sergio Canales (Monterrey): US$ 5 milhões (R$ 25,3 milhões);
  • André-Pierre Gignac (Tigres): US$ 4,6 milhões (R$ 23,2 milhões);
  • Rafael Santos Borré (Internacional): US$ 4,6 milhões (R$ 23,2 milhões).
MLS domina a lista dos dez jogadores mais bem pagos do futebol na América Latina. Foto: Imago

Teto salarial poderia tornar o futebol europeu mais equilibrado

As regras de fair play financeiro das ligas europeias buscam reduzir a disparidade entre os clubes mais ricos e os menos favorecidos.

Na recente janela de transferências, foi possível notar uma postura mais cautelosa por parte de alguns dos clubes mais renomados.

O crescente investimento na contratação de jogadores gera preocupação entre os dirigentes, mesmo dos clubes mais ricos, já que gastar grandes quantias não garante o sucesso no futebol.

Thiago Viana

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